Aos interessados em análise fenomenológica da experiência religiosa e do sagrado, abaixo meu livro recém publicado pela Editora Prismas: “Os Sons e o Sagrado: fenomenologia do canto dos devotos de Krishna“. O trabalho é resultado de uma pesquisa de mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação em Psicologia / UFMG entre 2011-2012, na linha de pesquisa “Cultura, Modernidade e Subjetividade”. Aquisições, por enquanto, somente no site da editora. > AQUI <
Segue a descrição da contracapa:
As páginas que o leitor terá contato tiveram por objetivo empreender uma fenomenologia do canto dos devotos de Krishna. O caminho principal deste livro foi compreender como essa expressão musical chega a se auto-constituir como experiência religiosa do sagrado. O leitor irá encontrar um exercício rigoroso de descrição e análise fenomenológica no estilo husserliano marcado pelo trabalho de elucidação do caráter específico das vivências. Através da análise compreensiva de relatos particulares colhidos em entrevistas, será possível observar a marca inconfundível do método fenomenológico: partir de descrições individuais em direção ao caráter específico das vivências. O leitor tirará proveito de um estudo que se movimenta no âmbito da fenomenologia da cultura e que investiga os níveis de vivências que o relacionamento com um fenômeno cultural sonoro torna possível. Considerando o papel que a repetição desempenha no uso dos sons realizado pelos devotos de Krishna, o trabalho fenomenológico realizado neste livro se detém na reiteração sonora como base material sob a qual o canto abre um espaço de experiência, e avança para uma compreensão que devolve a vivência do sagrado para seu vínculo originário com situações sensoriais. Por fim, na contramão da tendência de autores da psicologia que explicam teoricamente a experiência religiosa e do sagrado através de conteúdos subjetivos, o leitor irá se deparar neste livro com a impossibilidade de reduzir essa experiência a quaisquer conteúdos psicológicos ou sócio-culturais. Será justamente essa impossibilidade que permitirá mostrar a consistência fenomenológica da expressão musical do canto e o quanto essa prática se orienta por um sagrado que na sua própria constituição está marcado pelo caráter daquilo que não se produz.
